Pensamento Consciente

Com a chegada do tempo natalino, as tradições provocam a reflexão aos nossos sentimentos. Por vezes, é custoso parar e rememorar tanto já vivido, ainda mais em um tic-tac pulsante e rotineiro. Porém, aquele que assim não o faz, apenas segue a batida, e não pensa em que ritmo está andando. Em alguma parada, em algum tropeço, de certo terá essa oportunidade e, então, assim como todos, refletirá sobre o vivido. Além disso, se comemora um novo ano, e se pensa em quem fomos até aqui, em quem queremos ser e aonde almejamos estar, planejando com acuro o ano vindouro.

Há tanto a ser brindado e há muito ainda a se viver. Sócrates resume muito bem: “A vida que não é examinada não vale a pena ser vivida”. Aliás, como humanos essa é nossa vocação diária, atributo pertinente e, até onde se tem conhecimento, concedido somente aos seres humanos. Não se trata mera alegria, mas sim sobre a bravura de se viver, que é muito mais que caminhar, comer, amar, estudar.

É preciso, sem sombra de dúvidas, pensar antes de agir, é para isso que somos feitos. Saber viver em comunidade, dialogar, conversar sobre as dificuldades familiares e sociais, sobre as convicções e pré-conceitos, aprimorar nossa capacidade de relacionar com o próximo, de desenvolver empatia e compor as diferenças.

Para tanto, não há época melhor para fazê-lo, para perdoar, para motivar, para agradecer. Que saibamos usar de nossas capacidades conscientes, de pensar e agir com bondade e amor para aprimorarmos a evolução de toda uma sociedade carente de reflexão positiva. Que o ano que se aproxima seja iluminado para todos e cheio de saúde, e muito obrigada aos que acompanharam e interagiram na leitura da Coluna Ponto e Vírgula. Que venha 2022!

Esse texto também foi publicado no Jornal Popular, edição 1.635, de 30 de dezembro de 2021.